quarta-feira, 24 de junho de 2009

O STRESS SOCIAL, O MEDO E AS DOENÇAS


O medo campeia à solta nos dias atuais. É o medo de sair de casa, medo da criminalidade impune tanto nas ruas como o assalto aos domicílios. Medo de adoecer, especialmente do câncer; certo dia comentando com uma paciente sobre o ganho em longevidade que a mulher conseguiu nas últimas décadas ela assim se expressou... "É, se nós conseguirmos nos livrar de não ter câncer, chegaremos lá", o medo está em tudo e conseqüentemente gera um stress social dramático nas vidas das pessoas.

Esse stress sociopsicológico pode afetar a suscetibilidade às doenças, quer sejam agudas ou crônicas, na medida em que o passar do tempo esse stress crônico mina as defesas orgânicas.

Desde a Grécia antiga se acreditava na influência da mente sobre a saúde, com o advento da era antimicrobiana esse conceito foi relegado ao campo do empirismo, as conjecturas não científicas.

A interação mente e corpo vem sendo investigado com muito afinco desde década de 80 e os pesquisadores vêm demonstrando que sinais químicos que partem das células imunológicas conversam com o cérebro que por sua vez responde a esse sistema, é o maravilhoso circuito mente - cérebro- corpo que a neurociência começa a desvendar.

Já em 1993, Bill Moyers conversando com cientistas em seu livro a Cura
e a Mente abordou esse fascinante tema. No capítulo a Redução do Estresse o Dr. Zawacki diretor de Clinica Médica na Divisão de Doenças Digestivas e Nutrição do Centro Médico da Universidade de Massachusetts comenta: "O corpo é um instrumento magnífico. Se abrirmos a mente para pesquisar com as emoções influenciam a saúde, talvez algum dia possamos abri-las para as dimensões espirituais da saúde."

No final do século XX e início de século, XXI estamos presenciando essa abertura. Trabalhos como do Herbert Benson, Universidade de Harvard, acerca do bem-estar evocado e tantos outros grandes e respeitáveis centros de saúde que têm desenvolvido pesquisas sobre essa importante interação, são animadores. Na edição especial da Scientific American - Segredos da Mente os Doutores Sternberg e Gold, pesquisadores do Sistema imunológico e Stress, do National Institute of Mental Health comentam essas pesquisas, confira. Nesta comunicação entre o sistema imunológico e o cérebro os componentes fundamentais são: o hipotálamo e o locus
ceruleus, a hipófise, sistema nervoso simpático e as supra-renais. A estimulação do locus ceruleus leva a reação de alerta comportamental, medo e vigilância permanente. Imagine o organismo constantemente em alerta, consumindo suas reservas de endorfinas! Precisamos evocar o bem-estar, a paz, a serenidade, a felicidade, o amor em nossas vidas para estimularmos o dom da vida em nós.

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