Uma análise da expectativa de vida da mulher brasileira mostra que para o ano 2010, portanto o próximo ano, as mulheres terão uma expectativa de 77,3 anos ; um extraordinário ganho levando-se em conta que há um século atrás este número oscilava na casa do 30 a 35 anos.
Com essa expectativa supõe-se que as mulheres viverão um terço de suas vidas – ativas e produtivas, que é o que se vê hoje, na menopausa.
Com o envelhecimento aparecem doenças tais como diabetes mellitus tipo 2( o tipo que aparece com a idade), a hipertensão arterial e a osteoporose. As doenças cardiovasculares já são a maior causa de morte entre as mulheres. Acontece que a mulher até a menopausa tem um grande aliado da sua saúde que são os hormônios, depois que ela entra na menopausa perde a proteção e aumentam consideravelmente as doenças cardiovasculares, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, as dislipidemias (aumento e desequilíbrio do colesterol), igualando-se à prevalência dessas doenças nos homens.
As doenças cardiovasculares são responsáveis por 16,6 milhões de mortes no mundo, sendo a principal causa de morte da mulher brasileira após os 50 anos, enquanto o câncer de mama não chega a atingir 5%. A hipertensão arterial por sua vez por três milhões de óbitos. (ver fonte).
Alguns fatores são importantes causadores do aumento da prevalência destas doenças nesta faixa etária: a deficiência hormonal, já descrito, o sedentarismo e a obesidade. Acrescente-se o fato de que como a mulher é muito produtiva neste momento trabalha fora, mais ainda, tem a jornada do lar, com isto acúmulo de tarefas e responsabilidades que lhe geram um crescente aporte de estresse e preocupações, as chances das doenças cardiovasculares acontecerem são muito grandes. O infarto na mulher é mais grave que o homem pela própria constituição feminina, músculo cardíaco mais frágil e após acontecer o infarto há grande chance de ocorrer um segundo infarto, que pode levar ao óbito.
Até 2002 o uso dos hormônios era o grande avanço da ginecologia, proporcionando um retardo na velhice e uma velhice mais saudável, a ponto de gerar certa inveja por parte dos homens: Como! As mulheres não envelhecem mais? Nós também queremos um benefício extra, cheguei a ouvir de alguns colegas esse comentário. Depois da publicação dos resultados do WHI ( Women Health Initiative) condenando o uso dos homens, a ponto do Presidente Bush, na época ter se pronunciado a esse respeito à Nação Americana, os médicos ficaram temerosos e as paciente apavoradas em se submeterem á essa relação que tanto bem fazia ás mulheres, ( trabalhos mostraram aumento do risco de câncer de mama e acidentes vasculares cerebrais, proteção contra a osteoporose e câncer do reto).
Pesquisadores Holandeses, Vegter et al. Em 2009. Publicaram estudos que mostraram que ao tempo que houve uma queda drástica na venda dos hormônios de reposição houve um aumento significativo na venda, de antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, clonidina e medicações para a profilaxia da osteoporose. Eles alertam que essas drogas também tem seus efeitos colaterais.
O que se conclui que nesta importante fase da vida da mulher, há necessidade de uma atenção especial à sua saúde, com visitas regulares ao seu médico, estudo criterioso e racional das substâncias que a auxiliaram a ultrapassar essa fase, dieta adequada (restringir calorias- diminuir de peso se está acima), exercícios físicos intermitentes e regulares, controle das taxas de açúcar e colesterol, estímulos a uma mudança no estilo de vida promovendo uma qualidade para uma vida feliz, assegura a concretização da expectativa de vida aumentada com qualidade e saúde.
Fonte: Femina- Maio 2009/ vol 37/no 5
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