O Estranho Hóspede
Estranho Desatino,
Crescendo desenfreado,
Desafiando o olho clínico,
Traiçoeiro, oculto, assombrado,
Reina sufocando,
Com suas garras de rapina.
Estranho hóspede aterrador,
Que brota de um acaso inocente,
Burlando a vigilância indolente,
Como quem rouba beijos inocentes,
Rompe vales e alagados,
De folículos sempre crescentes.
Extrapola a forma delineada
Transformando em quimérica flor
Estranha dedaleira maligna,
Arte de um deus devorador,
Dissipa e destroça a nau
Do fiel condutor
Doutor preste atenção,
Nessa caixa de segredos,
Abdomen globoso na sua mão,
Esconde um ladrão em degredo,
Fruto amargo e penoso,
Ovário imortalizado no medo
Câncer perdulário e destruidor,
Suga o rubor e o frescor
Da mocidade em flor.
Perdura atemporal,
Enquanto dure a seiva e o vigor
A criatura estremece
Suspeita como toda amante
Nem desconfia da desdita
Trama urdida às escondidas
Do ladrão incendiário
A lhe fenecer as forças mais aguerridas.
Deus permita o momento,
Do diagnóstico certeiro,
Resgatando nobre vida,
Qual a fecha do arqueiro,
Que busca o sonhado alvo,
E apaga o arruaceiro.
Este poema dediquei ao câncer de ovário, após operar uma paciente; impressionou-me demais a visão daquele tumor que crescia lenta mas agressivamente em uma jovem paciente de 25 anos.
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Prevenção e Detecção Precoce do Câncer de Ovário.
O câncer de ovário apesar de representar 4% das neoplasias do sexo feminino, 26.700 casos novos diagnosticado por ano na America (USA), é o tumor responsável pela principal causa de morte entre os cânceres ginecológicos ( Gersheenson et al. segundo Nisida) – 14.800 óbitos. Devido a esta importante característica e ao fato de que seu diagnóstico é frequentemente tardio, comprometendo o tratamento e prognóstico, é um tumor muito temido.
Apenas em 25% dos casos ele se apresenta em estágios precoces, em sua grande maioria é diagnosticado em fase tardia. O ovário por ser um órgão intra abdominal, os tumores nas fases iniciais não são detectados, exatamente por não interferirem com a função dos órgãos pélvicos e pela conformação desta cavidade, que ampla permite as lesões expansivas crescerem sem que seja sentido ou percebido pela paciente. A sobrevida dos casos iniciais a cinco anos ( estágio I) é torno de 85% e nos casos tardios cai para 37% (Cramer apud Halbe).
Dentre os fatores de risco os autores apontam: paridade e anticoncepcionais – nuliparidade (mulheres sem filhos) maior risco; estudos tem demonstrado que mulheres que usaram anticoncepcionais por cinco anos ou mais quando comparadas com as que não usaram, tiveram uma taxa de 38% menor em relação ao risco de desenvolver a neoplasia.
Outros fatores como: infertilidade, drogas para o tratamento da infertilidade ( há necessidade de mais estudos), amamentação( reduz, pelo fato de diminuir o número de ovulações), uso de terapia de reposição hormonal ( estudos controversos), idade da primeira menstruação ( menarca), menopausa, histerectomia, ligadura tubária são fatores estudados porém de menor importância.
Ainda estão imputados: o uso de talco – aplicados no períneo ou em absorventes internos, pode ser absorvido pelo trato genital inferior ( estudos controversos). Risco Genético- risco maior em dois parentes com câncer de ovário de primeiro ou segundo grau. Também há relação com parentes com Ca de mama e colorretal não poliposo não hereditário. Paciente com mutação no Gen BRCA 1( chance de 85% desenvolver Ca de mama e 63% de ovário aos 70 anos)
Os métodos utilizados para o diagnóstico dos tumores do ovário vão desde o exame ginecológico com o toque bimanual e o toque retal, aos exames de imagem e os marcadores tumorais.
Segundo os autores o exame clínico – o toque bimanual continua sendo o método mais comum, acessível e útil a todas as mulheres, no exame de seus ovários. Deve ser realizado anualmente após os 40 anos de idade. Até agora não há justificativas nem evidências clínicas que demonstrem a utilidade do uso indiscriminado dos outros métodos para pesquisa em massa, toda as populações femininas, no sentido de rastrear e detectar precocemente as lesões ovarianas.
A importância do exame ginecológico especialmente após a menopausa reveste-se de especial atenção, pois como descreve Barber toda massa pélvica palpável na pós menopausa deve ser suspeita. A confirmação pela ultrassonografia é o segundo passo na sequencia do diagnóstico. A tomografia computadorizada pode eventualmente ser solicitada no caso de dúvidas, das lesão pélvica.
O diagnóstico precoce é fundamental no investimento de vida da paciente.
O câncer de ovário apesar de representar 4% das neoplasias do sexo feminino, 26.700 casos novos diagnosticado por ano na America (USA), é o tumor responsável pela principal causa de morte entre os cânceres ginecológicos ( Gersheenson et al. segundo Nisida) – 14.800 óbitos. Devido a esta importante característica e ao fato de que seu diagnóstico é frequentemente tardio, comprometendo o tratamento e prognóstico, é um tumor muito temido.
Apenas em 25% dos casos ele se apresenta em estágios precoces, em sua grande maioria é diagnosticado em fase tardia. O ovário por ser um órgão intra abdominal, os tumores nas fases iniciais não são detectados, exatamente por não interferirem com a função dos órgãos pélvicos e pela conformação desta cavidade, que ampla permite as lesões expansivas crescerem sem que seja sentido ou percebido pela paciente. A sobrevida dos casos iniciais a cinco anos ( estágio I) é torno de 85% e nos casos tardios cai para 37% (Cramer apud Halbe).
Dentre os fatores de risco os autores apontam: paridade e anticoncepcionais – nuliparidade (mulheres sem filhos) maior risco; estudos tem demonstrado que mulheres que usaram anticoncepcionais por cinco anos ou mais quando comparadas com as que não usaram, tiveram uma taxa de 38% menor em relação ao risco de desenvolver a neoplasia.
Outros fatores como: infertilidade, drogas para o tratamento da infertilidade ( há necessidade de mais estudos), amamentação( reduz, pelo fato de diminuir o número de ovulações), uso de terapia de reposição hormonal ( estudos controversos), idade da primeira menstruação ( menarca), menopausa, histerectomia, ligadura tubária são fatores estudados porém de menor importância.
Ainda estão imputados: o uso de talco – aplicados no períneo ou em absorventes internos, pode ser absorvido pelo trato genital inferior ( estudos controversos). Risco Genético- risco maior em dois parentes com câncer de ovário de primeiro ou segundo grau. Também há relação com parentes com Ca de mama e colorretal não poliposo não hereditário. Paciente com mutação no Gen BRCA 1( chance de 85% desenvolver Ca de mama e 63% de ovário aos 70 anos)
Os métodos utilizados para o diagnóstico dos tumores do ovário vão desde o exame ginecológico com o toque bimanual e o toque retal, aos exames de imagem e os marcadores tumorais.
Segundo os autores o exame clínico – o toque bimanual continua sendo o método mais comum, acessível e útil a todas as mulheres, no exame de seus ovários. Deve ser realizado anualmente após os 40 anos de idade. Até agora não há justificativas nem evidências clínicas que demonstrem a utilidade do uso indiscriminado dos outros métodos para pesquisa em massa, toda as populações femininas, no sentido de rastrear e detectar precocemente as lesões ovarianas.
A importância do exame ginecológico especialmente após a menopausa reveste-se de especial atenção, pois como descreve Barber toda massa pélvica palpável na pós menopausa deve ser suspeita. A confirmação pela ultrassonografia é o segundo passo na sequencia do diagnóstico. A tomografia computadorizada pode eventualmente ser solicitada no caso de dúvidas, das lesão pélvica.
O diagnóstico precoce é fundamental no investimento de vida da paciente.
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